Policiais penais pedem apoio e deputados intermediarão sem nova comissão
No Dia do Policial Penal, servidores ocuparam auditório da Assembleia após realizar protesto
| MARISTELA BRUNETTO E FERNANDA PALHETA / CAMPO GRANDE NEWS
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Um grupo de policiais penais realizou um ato na Assembleia Legislativa em busca de melhorias para a carreira, destacando a necessidade de regulamentação da profissão e melhores condições de trabalho. Durante o protesto, os policiais, que se sentiram inseguros em suas funções, solicitaram apoio dos deputados estaduais para negociações com o governo. O presidente da Casa, Gerson Claro, designou uma comissão existente para tratar do assunto, enquanto deputados como Mochi Júnior e Pedro Kemp se mostraram favoráveis às reivindicações, enfatizando a importância de um acordo que beneficie a categoria e melhore as condições de trabalho em um estado com desafios relacionados à segurança pública e tráfico de drogas.
Os policiais penais seguiram esta manhã (4) para a Assembleia Legislativa após fazer um ato pedindo melhorias para a carreira em frente à sede da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), no Bairro Coronel Antonino. Os narizes de palhaço, colocados no protesto, não foram utilizados, mas o grupo, com mais de 50 servidores, se fez ouvir e teve a resposta de que deputados estaduais serão interlocutores nas negociações com o governo por melhorias para a carreira.
Eles citaram o exemplo da articulação feita por policiais civis, que conseguiram o apoio de uma comissão especial da Assembleia e houve um meio-termo nas negociações, com o governo enviando um projeto de incorporação de auxílio salarial com valores entre R$ 1 mil e R$ 2 mil. O presidente da Casa, Gerson Claro (PP), disse que não seria possível criar uma nova comissão, mas delegou a existente da área, de Segurança Pública, para a tarefa.
Os policiais cobram a regulamentação da lei sobre a profissão, apontando que assumiram tarefas de segurança pública, a exemplo da Polícia Militar, mas atuam com insegurança jurídica, como em relação ao uso de armas. Também mencionam que o plano de carreiras prevê a chegada ao topo após 40 anos de serviço, enquanto já poderiam se aposentar aos 30, o que impediria alcançar a melhor remuneração.
O presidente do Sinsap/MS (Sindicato dos Agentes Penitenciários de Mato Grosso do Sul), André Luiz Santiago, apontou também a necessidade de ampliar o quadro, porque a situação atual é de sobrecarga, situação que se torna especialmente preocupante em um estado com duas fronteiras, com Paraguai e Bolívia, colocando o Estado como rota para o tráfico de drogas. O sindicato articulou uma movimentação até o dia 9, iniciando hoje, Dia do Policial Penal. Santiago aponta que não se trata de uma greve, mas a limitação na realização de escalas extras, o que pode dificultar a custódia e escolta de presos.
Deputados – O deputado Mochi Júnior (MDB) já vinha se articulando com os policiais penais nas reivindicações. Ele considerou estar próxima a finalização de um acordo, que reputou necessário. “Espero que a gente possa ter um bom termo e uma saída consensualizada entre a categoria e o governo, para que a gente possa também avançar junto a essa categoria tão importante que é dos policiais penais.'
Pedro Kemp (PT) também destacou a necessidade de melhoria das condições de trabalho e a valorização dos policiais penais. O presidente da Comissão de Segurança, Coronel Davi (PL) disse já haver reunião em vista. “Ontem à tarde recebi um comunicado do secretário Rodrigo Pérez (Governo e Gestão Pública), que em breve nós seremos chamados lá para ajudar nessa negociação'.
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